Pela voz, cachorros reconhecem se dono está triste ou feliz

[caption id="attachment_624" align="alignnone" width="400"] Reprodução[/caption]

Um estudo publicado pela Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, revela que pelo tom da voz, o cão pode identificar se seu proprietário está feliz ou triste. A publicação só veio confirmar o que muitos donos de cães já percebiam. O estudo foi publicado nesta quinta-feira, 20, no periódico Current Biology. Para realizar o estudo, pesquisadores usaram exames de ressonância magnética para estudar como o cérebro de onze cachorros reagia a diferentes sons. Segundo os cientistas, o cérebro dos bichos parece ter uma área que apresenta uma maior atividade quando ouve vozes humanas ou latidos do que outros ruídos sem importância, como o de um vidro quebrando. A atividade é maior ao ouvir um som emocionalmente positivo do que um negativo. Na pesquisa, em várias sessões de 6 minutos cada, os animais ouviram cerca de 200 sons de três categorias: Vozes humanas, latidos e barulhos insignificantes, enquanto os cientistas acompanhavam sua atividade cerebral. O exame também foi feito durante o silêncio. Os pesquisadores submeteram 22 humanos ao mesmo teste, para comparar os resultados, e constaram que as áreas cerebrais que respondiam à voz eram parecidas em homens e cães. "Parece que o mecanismo que processa informações sociais é o mesmo em homens e cachorros", diz o neurocientista Attila Andics, líder do estudo. "Nós acreditamos que, por isso, a comunicação vocal entre as duas espécies é fácil e muito bem sucedida." A pesquisa ainda revelou que o cérebro dos cachorros respondia de maneira diferente se o som emitido por cães ou humanos tinha uma tonalidade feliz ou triste. Aos felizes, como uma gargalhada ou um latido de um cachorro quando o dono volta pra casa, algumas áreas do córtex auditivo mostravam maior atividade do que quando ouviam um choro de um cão ou um homem. "O estudo nos faz pensar quais aspectos da chamada habilidade linguística não são específicos da humanidade, mas também existentes em outras espécies", afirma o neurocientista.
Fonte: O POVO Online

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